domingo, 10 de maio de 2015

CONVERSA DE MÃE III




Dia das mães longe dos meus filhos, mas todos sabemos que o meu dia das mães é todos os dias em que estamos juntos. Os dias em que posso acordar fazendo pão na chapa e queijo frito. Mesmo quando eu deixo o pão de um queimando para atender o outro. Os  dias em que podemos fazer juntos uma comida boa, participar de algum evento que seria só deles e me convidam, beber um vinho e rir das histórias divertidas da infância. Inclusive aquelas em que sou o personagem principal e talvez o predileto deles.

Mas eles também são meus personagens preferidos. Adoro lembrar cada momento de vida desde o primeiro em que, ao nascer, encostaram seus rostinhos nos meus. Porque eu pedi para sentir  sua pele. A presença já era  bem viva nos meus sonhos desde sempre. O dia que cada um entrou na faculdade e saiu de casa. E eu chorei, de feliz e de saudade. O dia em que cada um se formou. Chorei feliz de novo. A saudade já era parte de tudo sempre e ainda é.


E hoje,  há tantos anos vivendo longe, meu coração apenas abençoa cada um com uma prece todas as manhãs.  Algumas vezes no fim do dia se  eles me avisam: reza aí mãe. E fico feliz porque eles aprenderam o valor da fé e da espiritualidade. Assim como todos os outros valores que nos unem e fizeram deles as pessoas íntegras, batalhadoras, idealistas e seguidores dos seus sonhos. E atrás  de cada um dos seus sonhos sigo eu, acreditando que sou um anjo enorme de asas muito grandes que segue cada um onde estiver.

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