Quando eles são crianças
O trabalho parece que não vai acabar nunca.
Fraldas para trocar. E lavar. Trocar e lavar de novo.
Noites sem dormir. Madrugadas de sonâmbulos.
Brinquedos pela casa toda.
Arrumar as lancheiras. Levar para a escola. Buscar.
E esquecer de buscar também.
Um tempo atribulado.
Tão depressa que passa, a gente nem percebe.
Quando vemos. Já foi.
E então. A casa muda de cara.
E temos adolescentes crescendo. E como crescem.
Às vezes são problema. Outras nem tanto.
Mas esse tempo também passa rápido.
E quando vemos. Já foi de novo.
Na verdade, o tempo não passa tão depressa assim.
Nós é que corremos demais
e passamos por ele sem absorver cada segundo.
Então, de repente, olhamos nossos filhos criados.
E temos saudade da bagunça.
Das brigas de criança,
dos brinquedos espalhados.
Bonecas. Carrinhos. Ursinhos de pelúcia.
Repousam nos armários como doces lembranças.
E nós as mães que tanto corremos,
que tanto amamos.
Nem tanto usufruímos de todo esse tempo bom.
Não vamos olhar para traz e pensar se tudo foi perfeito.
Vamos sim, olhar nos olhos dos nossos filhos.
Enxergar os homens e mulheres
que estamos formando. E pensar:
Deus me ofereceu uma parte de sua criação
para que eu a conduzisse neste mundo.
Uma criança segurou minha mão confiante no amanhã.
Se eu ofereci a ela esta certeza
e o brilho em seus olhos me responde tudo.
Então, estou em paz.
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