quinta-feira, 23 de julho de 2009

IRMÃS DO NORTE: STELA E CELESTE

Não por acaso seus nomes inspirados no universo já lembram de onde vem para este planeta pessoas tão especiais. Irmãs de Carlinhos, marido de minha prima Maria Amélia, as irmãs do Norte vinham sempre que nasciam as crianças. E depois que todas cresceram, vinham para as festas, as férias, ou o que fosse. Mas em minhas lembranças elas sempre vinham porque algo bom estava acontecendo.
E, se nada estava acontecendo, a sua presença já fazia acontecer.
Como numa tarde memorável, em que elas fizeram todos os melhores pratos da famosa culinária regional do Maranhão e assim nos ofereceram um lanche feito de amor e comidas. E não se sabe em cada prato o que era mais representativo de um ou de outro.
Duas estrelas brilhando à distância na vida de suas famílias. Celeste mais recatada e séria e sempre tão amorosa com as crianças. E Stela sempre tão moderna e ativa, mulher de idade indefinida porque tem sempre energia para todo passeio, viagem, roupas e acessórios que a diferenciam das pessoas que se deixam envelhecer com a idade.
Celeste agora já voltou para seu lugar de luz no Universo, mas quando se foi presenciei a homenagem mais comovente que alguém poderia prestar a um ser amado. Os três filhos de Mariana, ainda crianças, improvisaram um pequeno altar com velas na pia do banheiro (só por segurança) e ali estavam rezando e chorando quando cheguei ao saber da notícia tão triste. Quem, merecedora de tanto amor não estaria agora no lugar mais especial que Deus pudesse providenciar?
Stela mesmo quando anda de bengala, continua elegante, ativa e animada como sempre. Generosa, tia de tantos sobrinhos que acolhe em seu coração de mãe. Hoje me recebe como irmã em sua casa em São Luis, onde me ensina novos pratos de seu tão famoso caderno de receitas. Pratos típicos feitos de tapioca, cuscus, peixe, camarão e o brilho que só as grandes estrelas têm.

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